segunda-feira, 28 de abril de 2008

Musicoterapia - Cura doenças e promove o bem-estar


Ouvir uma melodia pode ser um remédio tão eficaz quanto os medicamentos vendidos nas farmácias. A música promove o bem-estar e ainda auxilia no tratamento de muitas doenças - da asma ao cancro, passando por lesões cerebrais. Tudo cientificamente comprovado. "A música atinge em cheio o sistema límbico, região do nosso cérebro responsável pelas emoções, pela motivação e pela afectividade", explica Maristela Smith, coordenadora da Clínica de Musicoterapia das Faculdades Metropolitanas Unidas, em S.Paulo.
Esse é ponto chave da musicoterapia: um método que usa o passado sonoro para tratar doenças de todo tipo. "Pacientes portadores de Alzheimer, por exemplo, recuperam aspectos da memória através de canções", diz a especialista.
A Musicoterapia actua directamente nas emoções, e não é um requisito necessário para o paciente, saber tocar, ou ter conhecimentos musicais. A pessoa apenas deve ter sensibilidade à música; afinal, poucas são as pessoas que não gostam ou não ouvem música.
O tratamento é altamente indicado para pessoas que apresentam distúrbios de comunicação (como transtornos da fala e gaguez); de comportamento (como hiperactividade); neurológicos, lesões cerebrais, dislexias. Nem as doenças mentais, como autismo infantil, esquizofrenia e depressão, resistem a uns bons acordes."A musicoterapia trabalha para desenvolver a capacidade de escuta e de convívio social, na medida que a música encontra no indivíduo um canal de comunicação disponível. Por esse acesso, ela começa a abrir novos canais de conexão", define Maristela. A terapia com as notas musicais divide-se nas seguintes etapas: a musicodiagnóstica, em que são recolhidos dados relativos à historia pessoal, clínica e sonoro-musical do paciente. Em seguida, o especialista detalha os seus objectivos e submete ao paciente o seu plano de acção. Começa, então, a etapa de tratamento numa sala especial, com acústica adequada. As sessões incluem música e recursos sonoros variados desde CDs, vozes, instrumentos e até mesmo ruídos. O especialista avalia a reacção do paciente diante de cada som, documenta tudo e vai comparando os resultados com o seu projecto inicial." Efeitos positivos têm sido verificados logo após 10 primeiras sessões, principalmente, no que diz respeito ao desenvolvimento da percepção global do paciente", avalia Maristela Smith.
Esta terapia é indicada também para indivíduos que se queiram conhecer melhor e ter uma qualidade de vida superior.